Casos Clínicos

Contraste radiológico
SVS - Boletim eletrônico EPIDEMIOLÓGICO- Brasil, 2003
Em 2002, no Brasil, 73 indivíduos adoeceram após a utilização de sulfato de bário como contraste radiológico, tendo 14 destas morrido.
As autoridades devidas foram rapidamente alertadas e procederam a um estudo epidemiológico para desvendar a origem do surto.
Após a investigação, foram confirmados, pelos exames laboratoriais e pelo quadro clínico apresentado, que 9 dos óbitos decorreram de uma intoxicação por bário. A avaliação laboratorial detetou bário solúvel, sulfeto de bário e carbonato de bário, em elevadas concentrações, num dos lotes utilizados pelas clínicas afectadas pelo surto.

Explosão em fábrica de munições
American Journal of Industrial Medicine, 2002
Um indivíduo que trabalhava numa fábrica de munições, apresentou sintomas de intoxicação por bário após uma explosão na fábrica, provavelmente pelo contacto com o propelente tricinato de bário.
As queimaduras resultantes da explosão permitiram a absorção cutânea do bário, adicionada pela absorção pulmonar dos gases libertados na explosão.
O tratamento da consistiu na toma de lidocaína, infusões de potássio, suporte ventilatório e nutrição parentérica. O paciente recebeu alta quatro semanas após o incidente.

Ingestão de fogo de artifício
Journal of Medical Toxicology, 2009
Apesar de raro, estão descritos alguns casos de ingestão de fogo de artificio, que contém um elevado número de substâncias perigosas. As intoxicações resultantes têm normalmente origem no arsénio ou composto com fósforo
Este é o caso da ingestão de fogo de artifício do tipo “color snakes”, por uma mulher com história de doença mental, que apresentou sintomas de intoxicação por bário. O derivado de bário responsável terá sido o clorato de bário.
A recuperação ocorreu com suporte ventilátório e suplementação com potássio.